8 de janeiro de 2012

Um a Um - Parte VI


    

   Apenas três sobreviventes sobraram no jogo Um a Um que logo acabaria e alguém entre eles sobreviveria. Alberto e Maria estavam temendo a volta do assassino, sendo este um ser vivo ou não, talvez morto. A morte de Eleonor fora algo que os preocupavam, nenhum dos dois ouviram passos, nem grito, nem som algum na noite do assassinato. 
    Guilherme só dormia, não saía do quarto. Ambos não sabiam o que ele viu e sentiu estando cara a cara com o assassino. Após a morte do melhor amigo João - queimado -, delirava e chorava com facilidade. Maria sentia-se culpada por um dia desconfiar dele, ele era a maior vítima que qualquer um ali. Guilherme sempre foi um garoto revoltado, nunca teve um pai... Ninguém da pequena cidade comentava sobre o assunto. O pai de Maria não gostava da amizade dela com o garoto, falava que a família do rapaz não era uma boa influência.



    Alberto jurando ouvir um barulho na cozinha, desceu as escadas e foi até lá. Encontrou algo pequeno e desesperador: um DVD. No momento, sentiu seus pés fora do chão e suas mãos tão pesadas que eram incapazes de pegar o objeto, mas respirou fundo e com dificuldade segurou-o. Maria, cansada de esperar o retorno de Alberto, desceu as escadas. Quando viu o disco na mão do amigo, sentiu-se exatamente como ele.
   Ambos acharam ético chamar Guilherme para assistir junto, já que ele estava também incluído ao jogo. 
   Os três sentados, esperavam que algum tivesse coragem de apertar o play, já que da última vez que o fizeram, começou-se a pior experiência de suas vidas, que sugou a paz, o sono e a esperança de todos.
   - Eu sei que todos desconfiaram de mim, mas para provar realmente que não estou relacionado com os acontecimentos, me ofereço para apertar o play - suspirou Guilherme -, mesmo que me custe a vida... - Ele pegou o controle e tocou no botão que reproduziu o contato com o maníaco.
   No vídeo, a mesma paisagem do outro DVD: uma floresta vista de cima. A voz alterada do assassino pouco demorou a aparecer.
   - Parabéns aos três finalistas desse jogo tão... Tão divertido! Pena que suas regras não passassem de uma farsa. Mais rápido do que imaginam, cumprirei o meu objetivo, não fiquem curiosos, eu estarei aí... 3, 2, 1. - Terminando a pronúncia de "um", Alberto soltou um grunhido, desmaiando. Maria desesperada olhou para ele e viu uma seringa fincada em seu braço, porém ainda respirava. Guilherme gargalhava psicoticamente. Ela tentou fugir, mais a imagem de um homem alto e desconhecido projetou-se à porta.
   - Seja bem-vindo, papai.... - Falou Guilherme.


Todos os mistérios revelados. 
Continua no último post de  Um a Um.
     

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